Elenco e produção - Da direita: Costa Filho, Ana Freitas,
Ângela Oliveira, Ramiro Feitosa, Franh Rodrigues e Dalva Santos
|
Estreado na noite de sábado, 13 de julho, no auditório do colégio CEEC, o
filme “Eu consigo?” entra para a história do cinema amador bacabalense como uma
das produções mais bem produzidas e apreciadas pelo público local.
De temática social, o filme narra o drama de Lorena (Ângela Oliveira), uma adolescente que deixa o povoado onde mora para estudar na cidade, objetivando passar num disputado concurso público federal. Com esforço, consegue um emprego numa loja e, entre o trabalho, o estudo e o cuidar de si própria, a garota logo se vê obrigada a trazer sua avó Gerusa (Dalva Santos) e seu irmão João Marcos (Ramiro Feitosa) para junto si. Contudo, Lorena não está só. Além de sua família, conta com apoio de sua melhor amiga Natália (Ana Freitas) para enfrentar os obstáculos de ordem financeira e emocional.
O público esteve absorto e aprovou a produção com aplausos |
Quando tudo parece se encaminhar bem, uma
crise econômica leva seu patrão Alexandre (Costa Filho) a demiti-la. Tal fato deixa
a adolescente abalada e sem norte, e procura esconder o fato de sua avó, que
tem problemas de saúde. Mas nessa dura jornada pela sobrevivência e,
vivenciando na prática, o papel de arrimo de família, Lorena não esquece de seu
objetivo, e vai se tornando uma menina forte, sem, no entanto, esconder de sua
avó sua fragilidade diante das tantas dificuldades impostas pelas circunstâncias
da vida. Toda essa tensão leva Lorena a se perguntar: “Eu consigo?” Com a ajuda
de sua amiga e do próprio patrão, que não a desampara pela sua garra e
persistência, Lorena consegue passar no concurso, mas sem o prazer de vivenciar
esse momento ao lado de sua querida avó.
Atenção e emoção marcaram a noite de estreia do "Eu consigo?" |
Apesar de fictício, o média-metragem “Eu
consigo?”, reflete uma interrogação que perpassa pela lente de vida de muitos
dos nossos jovens, que após concluírem o ensino médio precisam ingressar no
mercado de trabalho imediato para se prepararem numa profissão que futuramente venha
custear suas despesas, ajudar os pais ou ingressar num curso superior, visando
a uma vida melhor.
Essa verossimilhança com a vida real levou alguns fãs e espectadores a se emocionarem, quando não chorarem, em função do drama vivido pela neta e sua avó.
Os ingressos foram adquiridos por antecipação e o público da sessão se mostrou bem absorto e, no “escurinho do cinema”, regado à pipoca caseira, a emoção ficcional se deixou virar realidade. “Eu chorei rios”, disse Jordana, fã da protagonista.
Essa verossimilhança com a vida real levou alguns fãs e espectadores a se emocionarem, quando não chorarem, em função do drama vivido pela neta e sua avó.
Os ingressos foram adquiridos por antecipação e o público da sessão se mostrou bem absorto e, no “escurinho do cinema”, regado à pipoca caseira, a emoção ficcional se deixou virar realidade. “Eu chorei rios”, disse Jordana, fã da protagonista.
Apesar de bem procurado, o DVD
do filme não foi colocado à venda pela produção, que vai viabilizar meios para o
público assistir o mais novo trabalho do cinema local. Outra ação a ser
considerada é a realização de outras sessões para que mais pessoas possam ser
oportunizadas a ver o filme no telão.
Banner de divulgação em redes sociais |
Zadhe Bergant: roteirista e diretora |
O elenco é composto em sua íntegra por seis atores residentes na cidade e traz como protagonista Ângela Oliveira, que estreia em seu primeiro trabalho cinematográfico. Dalva Santos volta às telas amadoras após 13 anos de sua primeira aparição no curta-metragem “Positivo”, de Diógenes Estrela (2006) e com participação em “Ninjas Urbanos 2” (2018), de Mathias Filho. Já o ator e coprodutor Costa Filho é figura bem conhecida no cinema amador local e chega com mais uma múltipla participação no seu currículo artístico cinematográfico ao lado de Ana Freitas e Ramiro Feitosa, com quem atuou no curta-metragem “Tô fora!”, de Cristina B., vencedor do 3º lugar no Festival de Cinema de Bacabal, em 2015. Fechando o elenco, Samuel Silva surge com uma breve participação, tendo já o mesmo, cenas gravadas no projeto “O último manuscrito”, de Franh Rodrigues (2016), filme a ser regravado. À frente da produção geral do projeto “Eu consigo?” está a FR Produções Filmes e na coprodução o GAFA Produções, produtoras que já somam diversos filmes amadores na cidade.
“Eu consigo?” é o segundo trabalho
cinematográfico estreado da roteirista Zadhe Bergant, que já consta muitos
roteiros em sua trajetória no cinema amador. Para ela: “Valeu a pena! Noite e
dias em cima do computador editando, horas de correção textual, gasolina gasta
sem retorno, sacrifícios nos estudos, correria, discussões, discordâncias e
luta conjunta. Um trabalho independente e sem apelações. Assim que se faz um
filme”, arrematou.