Abeelinos em 1ª sessão de posse e diplomação-12.05.2001 |
2001 >> 2020...
Um breve mergulho em nossa história
Tudo começou no final do ano
2000, quando alguns nomes ligados às Letras locais sentiram a necessidade da
existência de uma instituição formal que congregasse esses poetas, escritores e
literatos em geral, bem como imortalizasse nomes já consagrados da nossa
literatura como o poeta Brasilino Miranda, o padre escritor João Mohana e nomes
circunvizinhos como o do pedreirense João do Vale.
A ideia inicial acha apoio e repercussão nos bancos do curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Campus do CESB, através de professores como Edelves Barros e Waltersar Carneiro, mestres por quem já tinham passado alguns acadêmicos de Letras, que mais tarde seriam membros da futura Casa Literária. Assim é que o poeta Zezinho Casanova, estimulado pelas teorias da universidade, ver um momento propício para a Literatura local se firmar como instituição. Para isso, o jovem literato leva a ideia a outros amigos congêneres.
A ideia inicial acha apoio e repercussão nos bancos do curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Campus do CESB, através de professores como Edelves Barros e Waltersar Carneiro, mestres por quem já tinham passado alguns acadêmicos de Letras, que mais tarde seriam membros da futura Casa Literária. Assim é que o poeta Zezinho Casanova, estimulado pelas teorias da universidade, ver um momento propício para a Literatura local se firmar como instituição. Para isso, o jovem literato leva a ideia a outros amigos congêneres.
Símbolos da ABL, um projeto de criação por Aline Freitas |
1ª sede da ABL, R. Rui Barbosa, Centro |
Ao generoso Pedrenrique Coe, veio a natural incumbência pela mediação de
conflitos, mas sobretudo, a disponibilidade de sua residência para as reuniões. Foi na Rua Rui Barbosa, na mesma casa onde morou seu patrono Almir Garcez
Assaí, que funcionaria o primeiro endereço e sede da ABL.
É entre poesia, leis, humor,
percalços e contratempos, que, após muito embate e cerca de três meses de
discussão em torno do tema, que esses e outros literatos, fundam, em 24 de
março de 2001, a Academia Bacabalense de Letras, carimbando assim o surgimento
formal da instituição ícone do ramo literário de Bacabal e região do Médio-Mearim.
A posse, se dá em 12 de maio, quando 16 membros-fundadores se tornam os
primeiros “imortais” das Letras bacabalenses.
Mas chegar a esse ponto nobre e
histórico não foi tão simples. As origens de uma ABL, hoje com 19 anos, guardam
um período curto de intensa luta, estresse físico, cansaço mental e embates
diversos. No caminho de quem procurava se firmar, a instituição iria encontrar
pedras e barreiras de ordem institucional, como ausência de quórum e
assembleias frustradas; de ordem jurídica, como critérios de filiação,
regimentos e até mesmo dúvidas sobre a nomenclatura oficial da instituição; de
ordem pessoal, já que nem todos os poetas e escritores locais se dispuseram à
luta ou não acreditaram na posposta; e de ordem política, visto que o poder público
da época, por não entender os objetivos de uma Academia de Letras, terminou
criando um embate velado entre a nascente instituição e governo local.
"Casa Chagas Araújo", 2ª sede-ABL |
Não
obstante, a ABL venceu e se tornou, com orgulho, a maior representante de nossa
cultura literata com objetivos apartidários de representar o povo e sua
história através da prosa, do verso e do teatro, elevando os patronos da
instituição e seus membros ao patamar de cátedros imortais, pelo título
vitalício de fundador e posse numa das 40 Cadeiras efetivas, ou numa das 15
poltronas para membros não nascidos ou residentes em Bacabal, mas que, sendo
poetas ou escritores e morando em qualquer lugar, venham a se filiar.
Apesar de em sua trajetória, a
ABL ter caminhado sem a devida visibilidade que a instituição merece, ela
sempre esteve viva, está viva e assim continuará, imortal como seus membros. É
certo que muitos bacabalenses ainda não têm ou têm pouco conhecimento sobre
essa Casa Literária, ainda um tanto anônima e sem sede própria, mas com status "on"
permanente daquilo que a define melhor: a criação literária. Assim é que seus
membros, além de nunca pararem de produzir, ao longo desses 19 anos, têm
participado de modo individual, coletivo, representativo ou institucional de
recitais, encontros, fóruns, conselhos, mostras, exposições, lançamentos,
sessões públicas e cerimoniais da própria instituição e junto a outras
academias e instituições afins.
Relação de membros efetivos e patronos, mar./2020 |
A ABL já publicou duas coletâneas
com amostras da produção de seus membros (2005 e 2015) e uma terceira, a "Coletânea
do Centenário" está no prelo da editora e no aguardo de seus membros para
ser lançada brevemente.
Relação de membros correspondentes e patronos, mar./2020 |
Atualmente, em seu quadro de
filiados, a ABL conta com 25 membros efetivos e três correspondentes; e, de
todos os membros, cinco “in memoriam” e três Cadeiras em vacância.
Já estiveram à frente da instituição, no cargo de presidente: Francisco José da Silva (Zezinho Casanova); João Batista da Costa Filho; Cláudio Henrique Pacheco Cavalcante, bem assessorado por sua vice Aline Freitas Piauilino; e Liduína Francisca Tavares de Sousa Lima, cada um deixando seu legado de esforço e trabalho.
Já estiveram à frente da instituição, no cargo de presidente: Francisco José da Silva (Zezinho Casanova); João Batista da Costa Filho; Cláudio Henrique Pacheco Cavalcante, bem assessorado por sua vice Aline Freitas Piauilino; e Liduína Francisca Tavares de Sousa Lima, cada um deixando seu legado de esforço e trabalho.
Para se filiar à ABL e preencher
uma de suas poltronas, o literato se inscreve por meio de edital, depois do que
sua obra será analisada por uma Comissão de Parecer da própria Casa,
considerando conteúdo, forma e originalidade literária, ou seja, o não plágio.
Alcançando unanimidade nos pareceres, o pleiteante é notificado, marcando-se a
sua posse como imortal.